"Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.
Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.
Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam."
quinta-feira, junho 26, 2008
quarta-feira, junho 11, 2008
quase um deja vu.
Lembro que em junho do ano passado passava pela mesma coisa: despedidas, algumas lágrimas, nostalgia antecipada. Igual. Grandes ciclos se fechando.
No fim de mais essa etapa concluí que não nasci prá ser desapegada. Eu tento e vou morrer tentando, porque sei que isso diminuiria meu sofrimento em pelo menos 50%. Mas a cada rosto que diferente que aparecia na minha frente, todos com o mesmo objetivo, via uma história diferente. E começando às 14h ( algumas vezes antes, outras depois) eu aprendi a compartilhar vida; e comecei a entender que cada um tem seu ponto fraco e é nele que devemos focá-lo; que existem pessoas que já te conheciam há anos e vocês se deram conta no último segundo; que você vai lidar com famílias inteiras; que vai virar adolescente outra vez adentrando nesse unvierso, e mais que isso, fazer papel de mãe, de psicológa, de enfermeira, tentando retratar o mundo deles dali a alguns anos. E vai ouvir que fulana gosta do ciclano que fica com a menina do 1o B e fazer cara de abismada com isso: "como pode?!"; ouvir o cotidiano da pessoa que pega trem todo dia; ouvir grandes histórias de trabalho, de faculdade e sentir a pontada saudosista de quem as conta; vai saber de começo e finais de relacionamentos, e do meio deles também. E vai sorrir a cada acerto; fazer piadas sem graça sábado de manhã prá quebrar o gelo; dançar na sala prá tirar o sono; tirar um sarrinho de todo mundo; criar amigos. E por fim chorar quando se der conta que outro alguém vai dividir isso com eles agora.
No fim de mais essa etapa concluí que não nasci prá ser desapegada. Eu tento e vou morrer tentando, porque sei que isso diminuiria meu sofrimento em pelo menos 50%. Mas a cada rosto que diferente que aparecia na minha frente, todos com o mesmo objetivo, via uma história diferente. E começando às 14h ( algumas vezes antes, outras depois) eu aprendi a compartilhar vida; e comecei a entender que cada um tem seu ponto fraco e é nele que devemos focá-lo; que existem pessoas que já te conheciam há anos e vocês se deram conta no último segundo; que você vai lidar com famílias inteiras; que vai virar adolescente outra vez adentrando nesse unvierso, e mais que isso, fazer papel de mãe, de psicológa, de enfermeira, tentando retratar o mundo deles dali a alguns anos. E vai ouvir que fulana gosta do ciclano que fica com a menina do 1o B e fazer cara de abismada com isso: "como pode?!"; ouvir o cotidiano da pessoa que pega trem todo dia; ouvir grandes histórias de trabalho, de faculdade e sentir a pontada saudosista de quem as conta; vai saber de começo e finais de relacionamentos, e do meio deles também. E vai sorrir a cada acerto; fazer piadas sem graça sábado de manhã prá quebrar o gelo; dançar na sala prá tirar o sono; tirar um sarrinho de todo mundo; criar amigos. E por fim chorar quando se der conta que outro alguém vai dividir isso com eles agora.
segunda-feira, junho 09, 2008
Luminoso
Ainda insistem em acreditar no luminoso escrito IDIOTA bem na minha testa. De fato, tem horas que ele inocentemente acende e eu sinto não só minha testa, mas como minha alma, informando que sou uma imbecil. Entretanto, é bem complicado subestimar a inteligência ou superestimar a idiotice de outrem. O luminoso tá lá piscando: IDIOTA; mas é sempre mais tolo aquele que crê cegamente nele. Afinal, ele pode estar aceso propositalmente, esperando a hora do curto-circuito.
Eu sei, só finjo que não percebo.
Eu sei, só finjo que não percebo.
quinta-feira, junho 05, 2008
mais uma daquelas
" (...) fui deixado sozinho com meu desejo, chocantemente rude em minhas exigências: Me ame! E porque motivo? Porque eu te amo..."
" (...) Eu aprendi que os humanos se colocam numa relação de liberdade negativa com relação uns aos outros, mas certamente não são forçados a amar uns aos outros se não desejarem. (...) Não se pode culpar um amante por amar ou não amar, pois é uma questão além da sua escolha."
E então, quando amamos? Se amamos...
As complexidades do amor ainda me deixam com interrogações e talvez seja porque nunca vou entendê-las. O que acontece agora é que não sabemos mais o que esperar daquele a quem se ama. Os laços que são criados, não importa o tempo, estão sempre por um fio.
Por um dia cremos amar com toda a força e com todo amor que cabe em nós; aí o fio se rompe. Ou muitas vezes ele é rompido há tanto tempo, que demora para que sejamos atingidos pela conformidade e pela aceitação. O laço rompe e mais do que atitudes mexemos com o sentimento. Isto é, tanto faz se você, por um dia de fraqueza ( ou não), ficou com um terceiro, mentiu sobre algo. Talvez fazê-lo na completa sinceridade alivie sua consciência, mas não te torna menos filha da puta.
" (...) Eu aprendi que os humanos se colocam numa relação de liberdade negativa com relação uns aos outros, mas certamente não são forçados a amar uns aos outros se não desejarem. (...) Não se pode culpar um amante por amar ou não amar, pois é uma questão além da sua escolha."
E então, quando amamos? Se amamos...
As complexidades do amor ainda me deixam com interrogações e talvez seja porque nunca vou entendê-las. O que acontece agora é que não sabemos mais o que esperar daquele a quem se ama. Os laços que são criados, não importa o tempo, estão sempre por um fio.
Por um dia cremos amar com toda a força e com todo amor que cabe em nós; aí o fio se rompe. Ou muitas vezes ele é rompido há tanto tempo, que demora para que sejamos atingidos pela conformidade e pela aceitação. O laço rompe e mais do que atitudes mexemos com o sentimento. Isto é, tanto faz se você, por um dia de fraqueza ( ou não), ficou com um terceiro, mentiu sobre algo. Talvez fazê-lo na completa sinceridade alivie sua consciência, mas não te torna menos filha da puta.
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