segunda-feira, março 30, 2009

A dor me pegou por trás e me puxou os cabelos. Forte, como era usual do amor. A dor tá me comendo olhando nos meu olhos, me cobrindo de mordidas e lambidas, como o amor. A dor sussurrou palavras ao pé do meu ouvido e me fez estremecer, mas não de amor.
Uma lágrima escorreu dos meu olhos, mas não foi aquela a qual o prazer do amor exprime. Dos meu olhos escorreram a própria dor.

O que eu choro é água com sal.

domingo, março 29, 2009

coisas de uma fanfarrona estúpida.

Eu sempre insisti sobre querer apagar as coisas da memória. Sim, deveria ser uma escolha. Querer ou não, simples assim. Porém, a única e fatal falha que eu consigo perceber ( e essa por incrível que pareça não me inclui) é tentarem apagar vestígios de algo consumado.
Os fatos e pensamentos constituem o que você é hoje, independente do seu gosto. Arrepender-se ou vingar-se não remediarão o gosto amargo da sua boca. Tentar apagar pode trazer alívio aos olhos, mas forma feridas tristes e profundas. E o pior disso: elas cicatrizam.

terça-feira, março 17, 2009

mais uma constatação (in)feliz.

Eu não sei ficar sozinha, mesmo que as condições passageiras, tipo, de uma semana, me levem à isso. Então, resolvi dar festas todos os dias!

Se não é a dois, tem que ser a dez...

quinta-feira, março 12, 2009

Ai, que saudade d'oce!


Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta de sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Pra matar meu desejo
Faz tempo que não te vejo
Ai, que saudades d'ocê
Se um dia você se lembra
Escreva uma carta pra mim
Bote logo correio
Com frase dizendo assim
Faz tempo que não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando
um monte de beijo
Ai, que saudades sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando ia viajar
Oce cai no choro
E eu chorando pela estrada
Mais o que eu posso fazer
Trabalhar é mina sina
Eu gosto mesmo é d´ocê

segunda-feira, março 09, 2009

a voz presente, a voz ausente.

Há um ano atrás meu telefone tocava todo dia. Pontualmente no horário de almoço.
A voz do outro lado trazia a calma a qual a ansiedade havia devorado.
Essa mesma voz trazia cores, sabores e cheiros proporcionando a fantasia da ligação. Eram tantas experiências descritas que minha reação ficava limitada a surpresa ( mesmo que fosse esperada) e a alegria de poder ouvir.

Hoje, meu telefone não toca mais.

terça-feira, março 03, 2009

- Você não está feliz?
- Claro que sim.


... Mas meu estômago não tinha certeza disso, e foi sozinha no ponto de ônibus que eu percebi o quanto eu consigo ser egoísta.