sexta-feira, janeiro 19, 2007

Ai, Zezuis!

Sabe que uma das coisas que eu mais detesto é o tédio. Eu detesto porque ele não existe. Quer dizer, existe, senão não estava aqui desenvolvendo tal reflexão. Mas o caso é, que o tédio é nada mais que uma opção. A não ser que você esteja num ponto de ônibus sozinho, sem um cigarrinho, sem um mp3, sem uma alma qualquer que possa trocar palavras. Aí sim o tédio impera. A única coisa que se tem a fazer é esperar, esperar, esperar. Então, o negócio é andar sempre com uma palavra-cruzada.
Entretando, eu quero mesmo é discorrer sobre o tédio opcional. E eu sou o maior exemplo deste. Impressionante como em diversas circunstâncias eu me sinto devorada pelo monstro do tédio. Mesmo sem me ver, eu fico imaginando com que cara eu fico quando entediada.Deve ser um horror ver estes olhos caídos, a mão servindo de apoio pra cabeça e um bocejo a cada 1,5 segundo. Ah, sem esquecer do famoso "aiai". Suspirinho quebra gelo! O pior é que eu realmente tenho muita coisa pra fazer. Suponho que a gente sempre tenha coisas a fazer, resolver, completar... mas a gente deixa. Hoje, 19 de janeiro de 2006, 12h40, sexta-feira ( que embora num pareça é dia de trabalho!) e eu aqui "rodando lâmpada", consumida aos poucos pelo tédio. Será que eu não tenho o que fazer? Olho para as estantes com o acervo metade deitado, metade em pé, livros fora do lugar e repito: NÃO TENHO O QUE FAZER? Eu tenho... Olho pro calendário, calculo quanto tempo falta para a volta às aulas e penso: " o acervo tem de estar arrumado" (...) " mas segunda eu arrumo!". E assim vai passando a minha manhã, sem nenhuma produção útil. Esse é um tédio opcional, e eu sofro desse mal.
Contudo, os dias de folga eu julgo os mais difíceis. Era prá ser animação total, ânimo transbordando, planos e falta de tempo. Passo o sábado no sofá e tenho preguiça. Preguiça do mundo inteiro, de qualquer coisa. Até meu xixi tem que esperar a coragem de me movimentar. E assim, o fim de semana passar arrastado e turbulento ao mesmo tempo, a pura contradição. Quando se vê, já passou... e eu não fiz NADA! Um novo monstro aparece prá mim a noite: o monstro do NADA. Não fiz nada, não produzi nada, não saí prá nada. Culpa de não ter feito nada e ter perdido o fim de semana. O puro tédio opcional atacou de novo.
Pensando assim, que o tédio domina, que o monstro do nada aparece e que fim de semana e o dia de trabalho foi perdido eu indago: porquê o extase é proibido?

Um comentário:

Anônimo disse...

ei alê, é a carol do patriarca!
só avisando que estou lendo. e gostando =)