quarta-feira, abril 30, 2008

aquela dificuldade.

Se eu tivesse que listar um dos meus defeitos com certeza o top da lista seria a falta de foco. E isso realmente me incomoda, mas nem me concentrar na minha falta de concentração eu consigo.
Eu queria, por um dia que fosse, aprender a fazer as coisas sem ser sob a pressão do desespero. Pois é, comigo só o desespero leva a produção.
Uma pessoa normal usaria essa uma semana de recesso prá colocar em dia as pendências da faculdade, terminaria o estágio, iria a algum congresso para as horas complementares, procuraria um exercício físico, acordaria cedo. Mas é claro que já se passaram dois dias e eu não fiz NADA disso.
Acho que eu antes de nascer passei pela fila do 'auto-boicote' várias vezes e então, antes de dormir, que é a hora que a consciência acorda, eu me martirizo e penso " Oh, céus porque eu sou assim?!". No fim não adianta p***a nenhuma porque quando eu acordo a consciência dorme e eu volto a dormir com ela.
Qual é meu problema, heim, heim?

terça-feira, abril 22, 2008

Salientando:

Vulnerável é MESMO o humor!
Sorte que eu não ando armada...

segunda-feira, abril 21, 2008

Nada não...

- Tá pensando no quê?
- Em nada não...



Como em nada? Essa é a mentira mais cabeluda e cara de pau que todo mundo solta. Ninguém não pensa em nada.

terça-feira, abril 15, 2008

Is this love? Oh, shit!


" Se a paixão acontece de forma tão rápida, é talvez porque o desejo de amar precedeu o amado - a necessidade inventou sua solução. O aparecimento do amado é apenas o segundo estágio de uma necessidade anterior de amar alguém (...) Sempre haverá o momento em que duvidaremos se nossos amados existem na realidade como os imaginamos em nossas mentes ou não são apenas uma alucinação que inventamos para impedir o inevitável colapso sem amor."

( Alain de Botton - Ensaios de amor)
E aí você pensa que aquela busca incansável pela sua completude pessoal acabou. Sim, porque é comum o vínculo entre vazio e não ser amado, e assim, somos constituídos da pura imperfeição por não ter alguém.
A contradição acontece, entretanto, quando a sua suposta metade brota do chão, assim como naquela história do jardim e das borboletas: você cuida direitinho do seu jardim, ele tá bonitinho, floridinho, você tá até feliz com ele mesmo sem borboletas, eis quando surge uma asa colorida no seu terreno. Oh, God! E agora? As opções estão entre você criar um bloqueio, se entregar loucamente e deixar fluir. Eu com minha vulnerabilidade fico com o último. O bloqueio existe e a luta com ele é quase tão homérica quanto a guerra de Tróia, mas fica internalizado ( o que pode não ser necessariamente bom). Ou seja, o medo existe sim, mais forte do que nunca mas ao mesmo tempo a vontade de arriscar torna-se maior.
O bicho de sete cabeças dessa coisa toda é isso que está escrito aí em cima. O que afinal vem a ser aquilo que a gente sente por outrem? Ou pior, o que vem a ser o que o outro sente por nós ( na verdade, é esse o problema).
Com o desenvolvimento de um ceticismo anti- amor- romântico a qual somos condicionados, independente das razões, e em contrapartida com a louca precisão da metade da laranja, fica cada vez mais difícil manter- se firme em um relacionamento.
Eu gosto, você gosta. Que bom! Mas porque? Seria devido à vontade de amar? É... estou sozinho, logo estou carente, apareceu uma bonitinha ou nem tão bonitinha assim, mas que tem interesses em comum, ouve boa música, compartilha do mesmo gosto literário e que está sozinha também. A gente beija, entrega nossos corpos sem entregar nossas almas e confia que é paixão após uns dias compartilhando o cotidiano. Amor ou necessidade de amar?
No fim das contas, é tão prosaico que daqui a pouco desenvolvem uma tese sobre a New-age of Love, ou Neo- Amor.
P.S.: Guardem paciência para breves reflexões amorosas, pois estou entrando em desvario com esse livro.

quinta-feira, abril 10, 2008

do avesso, do avesso, do avesso, do avesso...

Fique quieta, engula sapos, respire fundo, não responda, abstraia, releve, não surte, não grite, não faça show, não se importe, mostre-se adulta, seja cega, surda, muda desde que seja madura. Não se jogue, desconfie, dê passos prá trás, tenha medo do ótimo, pense muito, fuja do óbvio, finja que não percebe, tenha cartas na manga.

E assim a gente vai formando nossos calos. Estes que nos fazem tão duras que fica proibido viver.

segunda-feira, abril 07, 2008

Qualquer Um a Não Ser Você

Em uma parte do tempo você é amado e em todo resto é amigo.
O macaco atrás de você é a ultima moda
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Eu beijei sua cabeça na sombra de um trem
Eu beijei todo seu olhar brilhante,meu corpo está balançando de um lado para o outro.
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Aqui está a igreja e aqui está o campanario.
Nós certamente somos bonitos para duas pessoas feias.
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Os pedregulhos me perdoaram,as arvores me perdoaram
Então porque você não pode me perdoar?
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Eu vou achar meu não no seu carro
Com meu mp3 dvd rumple-packed guitar
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du
Pra cima pra cima pra baixo pra baixo esquerda direita esquerda é um começo
Só porque nós colamos não significa que não somos espertos
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Você sempre está tentando tornar real
Eu estou apaixonado,como você se sente
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Nós dois temos felizes e brilhantes crises de raiva
Você quer mais fans, eu quero mais palco
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Dom quisote era um condutor de aço
Meu nome é adam e eu sou seu maior fan
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Levanto sua cabeça e faço uma dança
Você tirou uma sujeira para fora do botão da sua calça
Eu não vejo qualquer um que possa ver, em outro qualquer
mas você.
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du

by The moldy peaches - Anyone else but you - coloquei em português, mas quem quiser ouvir a música original aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=nBDbUVXXp-U


Pode parecer meio sem pé nem cabeça, mas faz todo sentido prá mim. É tipo um retrato novo de duas pessoas. Pessoas malucas, diga-se de passagem. Ainda bem!


... Alguém por favor me ensine a não esperar mais o balde de água fria?

terça-feira, abril 01, 2008

Afinal...

Afinal, há o medo de quê?

A cada novo passo dado dá prá sentir a cutucada da insegurança e aquele medo do ótimo e do superlativo. Será que não dá simplesmente para deixarem as coisas fluirem?!
Essa necessidade intensa de atenção chega a agir como algo nocivo e traz aquela fragilidade que é temerária. Quem gosta de se sentir frágil? Isso não existe. A luta de cada dia é para sermos duros e acreditarnos que não somos de vidro. Exercitar o desapego. Descolar do mundo, enfim.


Mas sempre têm algo que gruda...