sábado, março 31, 2007

As coisas andam me despertando a ânsia. Num é só uma coisa outra, tudo me dá enjôo. A cada dia que passa carrego o peso de querer coisas demais e fazer coisas de menos. Consequências de escolhas! Sim, eu sei.

As coisas na faculdade me causam vertigem, estonteiam, angustiam. Amo aquele lugar e todas as pessoas que me cercam, mas a angústia que eu sinto por cada atitude minha é maior que todo território mackenzista. Aquela coisa 'enjoy your life', 'carpe diem' e ' foda-se' é real, mas num sei se cabe em mim agora. Aí aquela velha história de não saber o que fazer ( isso sim tá batido!). Tudo que você adotou como filosofia de vida está indo por água abaixo. Você quer sair, não pode. Você quer ficar, não sabe dizer não. Cadê a porra do foda-se agora?

Essa coisa de trabalhar e estudar mexe com seus neurônios animalmente. Chega a ser rídiculo perceber os dias passando só quando a segunda-feira chega novamente. Quando eu era pequena eu lembro que o tempo demorava mais, eu chegava a contar quantos dias faltavam pro fim de semana. Eu vou investigar quem apertou o "forward" do tempo e desenvolver uma tese sobre isso, porque eu tenho certeza que esse botão existe e alguém o desregulou. Enfim, cada dia de serviço aprimora mais a relação de amor e ódio que tenho dali. É nítida a falta de humanidade que impera ali: um fazendo lavagem cerebral no outro, bisbilhotação de vida e produção. Fofoca. Me sinto o Chaplin em "tempos modernos". Entretanto, mesmo não estando na minha área, a usf me deu presentes como meus companheiros de trabalho e alguns alunos que farão extrema falta quando sair de lá. Carrego um peso também, novamente uma angústia e pontadas no estômago, sentimentos que me perseguem, culpa.

Como boa geminiana estou num período oscilante de humor, conseguindo fazer um misto de tristeza, alegria, raiva, desespero, alívio. Me sinto desesperada e perdida, mas deve ser característica astral colocar certas coisas em segundo plano, acreditar em outras coisas como se algumas não existissem. Algum tipo de dissimulação. Vou levando, tranquila e desesperadamente. Paradoxo, assim como eu sou mesmo. Fazer o quê...

Um comentário:

Carol disse...

bem-vinda ao mundo adulto...