domingo, junho 10, 2007



" Saber desistir. Abandonar ou não abandonar- esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rar a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. "

( Clarice Lispector- Um sopro de vida)

Essa coisa de desitir é complicado. Principalmente quando se é jogador de muitas partidas. Afinal, devemos desistir do quê?

As coisas ficam mais difíceis quando misturamos tudo numa coisa só. Não existe mais equilíbrio emocional. Tudo está na beira do abismo.Em se tratando de desistir, quase não há flexibilidade: ou desiste de uma vez, ou não desiste nunca.

A gente arrisca. Quebra a cara. Arrisca de novo. Por vezes acertamos, na maioria delas não. Faz parte do jogo, faz parte da vida. O pior disso tudo é lidar com o arrependimento. Tem gente que sabe, tem gente que não sabe fica se martirizando. Tudo é uma questão de ligar o foda-se e pensar no lado menos pior, caso não haja um bom ( o que eu acho praticamente impossível). No fim das contas, tudo é válido.

Devemos só tentar não nos perdermos de vista, porque somos vários caminhos num só. Inclusive o fatal beco sem saída.

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