segunda-feira, setembro 24, 2007

água e açúcar.

Não vou ligar prá estética escrita hoje. Não quero saber da norma culta, do cuidado com repetição de palavras, do erudito. Hoje, sou coloquial. Hoje sou da geração romântica.
As notícias correm, lentas quando deveriam apressar-se, ligeiras quando deveriam ser vagarosas... e de repente você percebe que é um inútil diante do resto do mundo. E não digo em relação ao mundo personificado, estabelecendo uma relação comparativa entre pessoas, mas sim como um todo. Tanto se faz por viver. Por tantos se vive. E no fim, não há vida prá nada, nem prá ninguém pelo motivo óbvio e ululante de que a vida é finita. Já dizia Lobato: Pisca e nasce, pisca e morre. É ridículo discorrer sobre isso, porque a abordagem tornou-se cliché diante da impossibilidade de mudar a situação. Melhor dizendo, é isso e pronto. Não tem o que fazer! Nascemos e morremos, respeitando a ordem natural ou não. Alguns completam a faculdade, tem relacionamentos, crescem na carreira, tem dois ou três filhos, viajam, cumprem com seus planos. Outros saem de casa aos dezoito, tropeçam na casca de banana e batem a cabeça no poste. Pronto:pisca e morre. Nada faz isso mudar.
Vi um filme água com açúcar ontem. Daqueles fraquinhos, mas bonitinhos. E parei prá pensar em diversas coisas. Uma delas é a felicidade a qual todo ser humano procura. Plena ou não, isso é problema de cada um. Fato é que percebi que tal felicidade é sempre ligada à alguém, e se você não tem é um incompleto. Bem discutível... mas talvez deva ser mesmo. Porque não é possível que quase 100% das pessoas quando arrumam um namorado ( a) comportam-se como se estivessem numa bolha e é tudo perfeito. O mundo gira, coisas boas e ruins acontecem mas prá quem está "embolhado" é tudo maravilhoso.
A gente vive numa busca, inconsciente ou não, de alguém que nos complete, mas ainda mais que isso, que nos surpreenda. A meta é entrar na bolha, manter a bolha e jogar "tudo" fora quando a bolha explodir. O medo é piscar e morrer. Porque você acreditou que aquilo seria eterno, até que a travessia da rua determinasse que alguém deixe de existir. Piscou, morreu.
Água e açúcar para aquilo que estrapola o que é romântico ou para o que estrapola a limite da vida.


Se é que vocês me entenderam....

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