por um instante senti o corpo pesando sobre o meu, as cabeças em sentidos contrários, o calor da respiração. Minhas mãos passeavam por suas costas desenhadas e eu consegui desmentir aquilo que por tanto tempo afirmei com pura convicção: ninguém consegue pensar em nada, todo mundo tem nem que seja um esboço de pensamento e que essa é a mentira mais deslavada que dizem. Ao contrário, eu não pensei em nada. Não quis imaginar o futuro nem lembrar do passado; não tentei decifrar quais devaneios povoavam sua mente; não criei situações; não cantei no mudo. Eu senti e voltei toda minha concentração para sinestesia de passear minhas mãos por suas costas desenhadas. Ir e voltar, ir e voltar, ir e voltar...
... até os olhos se fecharem.
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3 comentários:
Acho que eu faria uma prece: "Deus, obrigada por me permitir esse momento e deixa eu ficar assim por toda eternidade!!!
Amo!!!
Eu pensei...esses dias...
" Que esse momento seja eterno!"
Bolhinha! Que coisa linda!
Vi direitinho o peso nas costas, as costas desenhadas, o desenho feito com as mãos... fantástico...
E meus olhos se fecharam também.
Que delícia! :)
Amo-te.
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