quarta-feira, janeiro 14, 2009

momento sem tempo.

por um instante senti o corpo pesando sobre o meu, as cabeças em sentidos contrários, o calor da respiração. Minhas mãos passeavam por suas costas desenhadas e eu consegui desmentir aquilo que por tanto tempo afirmei com pura convicção: ninguém consegue pensar em nada, todo mundo tem nem que seja um esboço de pensamento e que essa é a mentira mais deslavada que dizem. Ao contrário, eu não pensei em nada. Não quis imaginar o futuro nem lembrar do passado; não tentei decifrar quais devaneios povoavam sua mente; não criei situações; não cantei no mudo. Eu senti e voltei toda minha concentração para sinestesia de passear minhas mãos por suas costas desenhadas. Ir e voltar, ir e voltar, ir e voltar...


... até os olhos se fecharem.

3 comentários:

Priscila Ferreira disse...

Acho que eu faria uma prece: "Deus, obrigada por me permitir esse momento e deixa eu ficar assim por toda eternidade!!!
Amo!!!

Pequena disse...

Eu pensei...esses dias...
" Que esse momento seja eterno!"

disse...

Bolhinha! Que coisa linda!
Vi direitinho o peso nas costas, as costas desenhadas, o desenho feito com as mãos... fantástico...
E meus olhos se fecharam também.
Que delícia! :)

Amo-te.