quinta-feira, março 27, 2008

" Ah, minha amada dos olhos ateus" ( Vinicius de Moraes)


Dos olhos ateus nasce a minha crença
descrente de expectativas ( se é possível)
deixando os olhos de ressaca ou os de ternura
para eu- líricos encantados.
De olhos ateus cresce meu deslumbre,
neutro, puro, lento
tentado de olhares crédulos que colocam a prova o ceticismo desse meu rebento.

...Meu rebento que arrebenta em contradições, pois até a descrença é uma forma de crer.

Nenhum comentário: